Não fosse a persistência e a coragem desse pai, o sumiço de Patrícia seria mais um a cair no esquecimento, entre os muitos não resolvidos, envoltos em suspeitas que recaem sobre policiais militares, sem que nada, rigorosamente, tenha sido apurado e ninguém, responsabilizado. De forma vergonhosa para o Estado, as iniciativas que jogaram luz sobre o caso partiram da família da moça, inconformada.
Primeiro, o caso foi tratado como acidente de trânsito, sem que a perícia atinasse para o estranho fato de o corpo da engenheira ter sunido do carro com o cinto afivelado. Só passou a ser investigado como crime após o irmão de Patrícia achar perfurações no veículo. Suspeita-se que o carro tenha sido alvejado numa falsa blitz. Só recentemente foi feita a reconstituição, mas o laudo ainda não saiu.
Antonio Celso buscou a ajuda da OAB e da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, procurou peritos, criou um site para trocar informações, foi ao governador Sérgio Cabral e ao secretário de Segurança Pública e vai à delegacia toda semana. Também conseguiu adesão de artistas e organizou manifestações, até de torcidas no Maracanã.
Enfim, não parou de perguntar: Onde está minha filha?. A ele, a OAB e a sociedade se unem na cobrança. Queremos uma resposta o Estado sobre o que realmente aconteceu naquele 14 de junho."
Wadih Damous
Presidente da OAB/RJ
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