O subsecretário de Governo de Campos, Thiago Machado Calil, foi preso ontem, juntamente com mais duas pessoas, pela Polícia Federal, durante operação realizada para apurar denúncias de compras de votos no distrito de Vila Nova, no norte do município. Ele está afastado do cargo, por determinação da prefeita Rosinha Garotinho, até que os fatos sejam esclarecidos.
Foram presos também José Geraldo Calil, pai de Thiago (que é apontado como cabo eleitoral do ex-vereador e candidato derrotado na última eleição, Marcos Alexandre, do PMN), e ainda Assis Gomes da Silva Neto. Os três negam a participação em um possível esquema. De acordo com o delegado Paulo César Barcelos Cassiano Junior, apesar de as denúncias citarem também a prefeita Rosinha como beneficiada, não há elementos que comprovem a participação dela e de Alexandre no processo de compra de votos. Foram ouvidas 15 pessoas, algumas do próprio distrito, outras da cidade de Campos e até mesmo de Macaé.
Durante as investigações, que se arrastam há um mês, foram apreendidos comprovantes de depósitos da conta de Thiago e ainda dez cópias de títulos de eleitor, na casa de José Geraldo, onde, segundo o delegado, era realizado o pagamento das pessoas que trabalhavam no esquema e as que recebiam em troca da promessa do voto.
A operação foi denominada de “Cinquentinha”, devido às investigações terem concluído que os votos eram comprados mediante o pagamento de R$ 50,00 a cada pessoa. O trabalho da Polícia Federal resultou de uma requisição do Ministério Público Eleitoral (MPE), cujo titular é o promotor Víctor Queiroz, que recebeu as denúncias. “Thiago Calil era o líder de todo esquema, coordenador de campanha em Vila Nova e tinha toda ingerência nas atividades do grupo e chegou ele mesmo comprar votos. Assis Neto era uma espécie de braço-direito do Thiago. Era ele quem o acompanhava nas viagens a Campos e buscava o dinheiro para efetuar o pagamento”, disse ainda Cassiano.
O imóvel onde funcionava o comitê “era de propriedade do próprio pai de Thiago, que também ajudava coletar títulos de eleitor para formar a lista dos que receberiam a compensação”. Os três encontram-se recolhidos à Casa de Custódia Dalton Castro e poderão responder a crimes no Código Eleitoral e no Código Penal.
A prisão temporária dos três tem prazo de cinco dias e pode ser prorrogada por mais cinco. Thiago, José Geraldo e Assis foram denunciador por compra de votos e formação de quadrilha. O delegado disse também que as investigações prosseguem com novas diligências, mas não poderá revelar detalhes nem quem será intimado a depor para não atrapalhar as investigações.
Os três foram presos também sob a acusação de cercear testemunhas e atrapalhar as investigações. “Como a localidade é pequena, tão logo foi anunciado que a Polícia Federal estaria em Vila Nova para fazer as diligências, houve uma enorme pressão junto às pessoas a serem ouvidas”, contou o delegado. A redação de O Diário tentou contato com o ex-vereador Marcus Alexandre, mas não obteve sucesso.
Fonte - O Diário.
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