sábado, 18 de abril de 2009

"A DOENÇA DE JOAQUIM NABUCO".

Mário de Andrade chamava o fascínio irresistível pelas 'luzes' do Primeiro Mundo de "Doença de Joaquim Nabuco". O brasileiro tem essa péssima mania de idolatrar tudo que vem de fora em detrimento ao nosso similar que, muitas vezes, é muito melhor.

As coisas oriundas dos Estados Unidos e da Europa superam as nacionais pelo simples fato de serem de lá e não pela qualidade em si. Essa baixo autoestima nos faz reféns de um mundo fantasioso que, por questão cultural, nos condiciona a sermos menores sempre, mesmo quando somos maiores e superiores.

Não lutamos por nossas causas. Discutimos pouco sobre política, eleições, família, dependência química e segurança pública. Temos que reconhecer que não somos um povo tradicionalmente apto a se revoltar.

A tradicional passividade do nosso povo aliada a um triste conceito de si mesmo faz de nós um povo guiado pelo modismo americano e europeu. Estamos perdendo nossa identidade e isso é um péssimo sinal para a juventude que desponta a cada dia.

A grande maioria prefere uma cerveja gelada, um churrasco na brasa ou um programa bestial na Tv aberta. Briga boa só se for pelo time do coração. Assim reza o triste lema "pátria de chuteiras".

Com diz o brasileiro e mestre em linguística da Universidade de Toulouse (França), Cláudio Guimarães dos Santos: longe vá temor servil.

Cláudio Andrade.

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