O atraso de três horas de um médico legista no Instituto Médico Legal (IML/Campos) na manhã de ontem, fato rotineiro nos últimos anos em todo o Estado do Rio de Janeiro, fez com que o corpo do jovem Arthur Pinheiro de Andrade, 26 anos, assassinado no Bairro Penha na noite do domingo, fosse liberado só depois das 15h. Uma espera superior a 15 horas. Eloísa Aparecida, 25, ficou mais de 12 horas aguardando para sepultar o corpo do marido, Gleison Pereira dos Santos, 19. Ele foi morto a tiros às 14h de domingo e o corpo chegou ao IML às 21h. No entanto, até as 10h de ontem o cadáver ainda estava no órgão.
O início do plantão de todo o médico legista é às 8h, mas ontem o profissional chegou às 11h. A auxiliar de necropsia, Adriana Amorim, acredita em um imprevisto, já que o legista é de Cachoeiro de Itapemirim (ES). “Estamos tentando colocar dois médicos em cada plantão, um para necropsia e outro para exame de corpo delito, principalmente aos sábados e domingos”, disse. Amorim confirmou, ainda, que o médico só saiu da sala de necropsia por volta das 16h, duas horas após o horário em que já deveria estar realizando exames de corpo delito. Tanto que até às 17h de ontem, mais de 20 pessoas aguardavam a vez no hall de entrada do IML.
Como o próprio nome diz, plantonista é para estar no IML em todos os momentos. Por isto existem turnos de plantonistas. Seria até maldade imaginar que o plantonista estava fazendo plantão em outro lugar e ganhando duas vezes...
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