Um funcionário da Defesa Civil municipal foi apontado pela Polícia Federal (PF) como o "cérebro" de um esquema de fraudes em saques do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), nas agências da Caixa Econômica Federal de Campos. O servidor receberia entre R$ 20 e R$ 50 para preencher contratos de locação com informações falsas e articular os golpes. Fraudadores estariam falsificando comprovantes de residência forjando serem moradores da localidade de Ururaí - área afetada pela enchente de janeiro - para terem direito ao saque do FGTS em situação privilegiada. O crime foi descoberto pela Caixa semana passada e denunciado à PF. Os valores retirados entre janeiro e a primeira semana de março não foram divulgados. A polícia investiga a atuação de uma quadrilha no esquema.
De acordo com o delegado da PF, Fábio Carlos Cavarra, o servidor público está identificado - mas terá o nome mantido em sigilo - e permanece em liberdade, já que não houve situação de flagrante. Ele foi indiciado, está sendo investigado e vai responder pelos crimes de falsidade ideológica e estelionato.
- Cientes de que as famílias afetadas pelas enchentes teriam direito ao saque, eles fingiram ser moradores da localidade, falsificando contratos de locação que podem ser comprados em qualquer papelaria. Esse servidor público seria a pessoa que preencheria estes formulários e articularia o golpe. Estamos investigando também a participação de outras pessoas - explicou.
O servidor pode ser condenado a até 10 anos de reclusão. Por ser funcionário público, as penas podem ser acrescidas em 1/6 e 1/3. As pessoas beneficiadas pelos saques ilegais serão autuadas pelos mesmos crimes.
Fonte- Folha da Manhã.
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