sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

REPUBLICANDO UMA ANÁLISE PARA 2010.

Hoje estava lendo a análise que o companheiro Roberto Moraes fez em seu blog acerca das eleições de 2010. Lendo seu texto, lembrei de uma análise feita por mim em 28 de Outubro de 2008, logo após as eleições municipais, sobre o mesmo assunto.

Li novamente o texto e o considero bem atual. Diante disso, resolvi publicar novamente.

Segue o texto de minha autoria na íntegra.

Atendendo aos e-mails tentarei apresentar um panorama dos efeitos das eleições municipais na estadual do Rio de Janeiro. O Estado tem, ao meu sentir, três forças políticas. Sérgio Cabral, Garotinho e César Maia.
Sérgio Cabral, apesar de ocupar a cadeira máxima do Executivo Estadual não conseguiu influenciar muito nas eleições municipais. Poucos foram eleitos sob sua influência. Fato marcante foi a vitória de Eduardo Paes.
Eduardo, antes uma grande 'zebra', cresceu e foi ao segundo turno contra o Deputado Federal mais votado do Estado do Rio, Fernando Gabeira. A ínfima diferença de votos entre Paes e Gabeira denuncia a dificuldade do Governador em angariar votos. Mesmo assim elegeu o seu candidato. Muitos comentam que o feriado decretado por Cabral levou para o litoral muitos eleitores de Gabeira. Pode ser lenda urbana!
Garotinho foi fadado por muitos ao fim de carreira, entretanto em menos de dois anos elege a mulher prefeita e a filha vereadora no Rio de Janeiro. Notem bem! Oito anos de governo (Garotinho e Rosinha) 1998 a 2006, eleição da esposa para prefeita de Campos (04 anos mínimos no poder) e a eleição de sua filha (04 anos no mínimo).
César Maia passa a ser uma incógnita. Seu partido se encontra desestruturado e centralizado em suas mãos. Além disso, leva consigo, do anos no governo municipal, o natural desgaste.
Garotinho, caso tenha realmente o interesse em ser governador de Estado terá que sair do PMDB, partido onde ele preside a executiva estadual. Essa hipótese se fortalece na medida em que o Governador de São Paulo José Serra dificilmente não será candidato a Presidência da República. Hipótese fortalecida com a derrota de Geraldo Wackmin para a Prefeitura de São Paulo.
Para isso, José Serra precisa de palanques fortes no Estado do Rio, o terceiro maior colégio eleitoral do país, onde o PSDB é historicamente fraco, principalmente na baixada Fluminense e Região Metropolitana.
Nessas regiões José Camilo Zito e Garotinho exercem forte influência no eleitorado. Isso se deve ao forte investimento do Governo Municipal de Zito (vários mandatos) e do Estado na gestão de Garotinho e Rosinha.
Partindo desse raciocínio, Serra lança Garotinho para Governador e Zito para vice, disputando a eleição contra a chapa encabeçada por Cabral e um vice da baixada, que pode ser Lindberg Farias, Prefeito reeleito de Nova Iguaçu.
César Maia deve buscar um aliado no PDT, que se fortaleceu depois de algumas vitórias na baixada e principalmente em Niterói com Roberto da Silveira.
Formaríamos nesse cenário as seguintes chapas. Sérgio Cabral/vice Lindberg Faria (PMDB/PT), Garotinho/vice Zito (PSDB, chapa pura), Roberto da Silveira/ Vice (indicação de César Maia) (PDT/DEM).
Nesse cenário teríamos um segundo turno com Cabral e Garotinho. Cabral iria para o segundo turno com os votos da Capital, da base aliada e surfando nas obras do Governo Federal. Sem contar com a sua própria máquina administrativa Estadual.
Garotinho iria para o segundo turno com os votos da Baixada Fluminense. Seus e de Zito. São mais de dois milhões de votos. No interior, Rosinha daria base eleitoral junto ao municípios, principalmente Campos.
Para Cabral quem faria essa função é Arnaldo Vianna, principalmente para tirar votos de Garotinho em Campos. Apopio de Arnaldo partindo do princípio de que achapa PDT/DEM apoaríam Cabral no segundo turno.

Cláudio Andrade.

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