quarta-feira, 14 de janeiro de 2009

QUE VERGONHA, TARSO GENRO!

O asilo político concedido pelo Ministro da Justiça Tarso Genro ao terrorista italiano Cesare Battisti tem causado revolta no meio jornalístico. Veja a seguir, o artigo feito pela colunista da Folha de São Paulo Bárbara Gancia.


O TEXTO.

Alguém esperava que o ministro da Justiça, Tarso Genro, decidisse contra o terrorista italiano Cesare Battisti?

Questionado sobre os motivos que o levaram a buscar refúgio no Brasil, o fugitivo Battisti, que foi condenado pela Justiça italiana à prisão perpétua por assassinato, afirmou: “O Brasil, sem uma ditadura, era a imagem de um país sensível aos valores democráticos e de garantias dos direitos fundamentais”.

Ronald Biggs não teria sido mais poético.

De fato, nos últimos tempos, o Brasil tem se esmerado como “país sensível aos valores democráticos”.

Maurício Norambuena, seqüestrador de Washington Olivetto que passou seus conhecimentos sobre seqüestros ao pessoal do PCC que estava preso junto com ele, Christine e David Spencer, os canadenses que fizeram parte do seqüestro de Abílio Diniz, e até os atletas cubanos que foram deportados sumariamente depois do Pan que o digam, não é mesmo?

Minha família foi jurada de morte pelas Brigadas Vermelhas. Na operação de resgate do meu tio, Vittorio Vallarino Gancia, seqüestrado em 1975 por esses facínoras, Margherita Cagol, a mulher do chefe das Brigadas, Renato Curcio, foi morta pela polícia. E nós, que não tínhamos nada a ver com o pato (minha família nunca teve nenhuma ligação com os democrata-cristãos) passamos o pão que o diabo amassou até o fim dos anos de chumbo na Itália.

Você pode imaginar como a decisão de cunho eminentemente “técnico” do ministro Tarso Genro me deixa feliz, não pode, doce internauta?

Barbara Gancia.

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