OS EFEITOS DO DESCONTENTAMENTO.

Após a posição do TSE, digo posição, pois o Tribunal não decidiu nada, fico pensando nos reflexos disso no eleitorado de Arnaldo Vianna. Quando os seus votos foram considerados nulos pelo TRE, muitos dos seus eleitores disseram (não sei se dirão ainda), que estavam revoltados, sentindo-se enganados. Não acredito muito nisso, pois acho que grande parcela dos eleitores de Arnaldo foram às urnas sabendo de sua situação jurídica, que sem paixões políticas, é um fato.

O que coloco ao internauta, como matéria a ser discutida, é o seguinte: A polêmica do TSE e a indefinição do registro de Arnaldo vão influenciar diretamente nos seus votos? Ele manterá seu patamar?Os eleitores acompanharão Arnaldo, mesmo sabendo que ainda há dúvida acerca de sua candidatura?

Há tempos não vejo a morosidade processual prejudicar tanto um pleito eleitoral. Prejudicou Arnaldo, Rosinha e os eleitores que se encontram inseguros acerca do destino eleitoral de nossa cidade.

O pior disso tudo é que os Tribunais Superiores, quando querem, decidem de forma célere. Daniel Dantas recebeu um Habeas Corpus de Gilmar Mendes em menos de 24 horas, ao passo que um homem do povo aguarda o mesmo remédio constitucional há um ano, no interior de Goiás. Sabe qual foi o seu delito? Furtou um pacote de fraldas.

A relação política entre Executivo e Judiciário superior ainda levanta inúmeras dúvidas, quando estamos diante de casos de relevância popular. Não estou me referindo ao caso Arnaldo, mas é de extrema covardia termos uma corte superior que ignora os reclames populares e simplesmente desaponta os munícipes de uma das cidades mais importantes do Brasil.

Será que o Tribunal Superior Eleitoral trataria de forma igual, se o caso em pauta fosse o de Marta Suplicy, candidata a prefeitura de São Paulo? Eu duvido!!!!!!!

Cláudio Andrade.