sexta-feira, 26 de setembro de 2008

JORNAL O DIÁRIO ENTREVISTA ARNALDO VIANNA.

O Diário – Dr. Arnaldo Vianna é candidato?
Arnaldo Vianna –
Candidatíssimo.

OD – Existe um recurso tramitando na Justiça para que o senhor possa continuar na disputa eleitoral. Isso, de alguma forma, abala sua campanha?

AV – Não me abala em nada. Ainda não temos notícia, mas estamos aguardando e pelo que temos acompanhado, não tenho dúvida alguma de que sou candidato.

OD – Qual análise que o senhor faz da atual gestão?

AV – É muito difícil pra eu fazer uma análise mais profunda, porque não fiz parte do governo, em nenhum momento. Participei da campanha e depois, não fiz parte do governo então não posso fazer uma análise mais apurada disso e por não estar lá, no dia a dia. Acho que o governo teve acertos em algumas coisas e falhas em outros, como acontece com qualquer governo. Um governo, por melhor avaliado que seja, sempre sofre críticas. É muito difícil a gente de fora julgar o que acontece dentro de uma máquina administrativa que você não está participando. Prefiro não analisar o governo do Alexandre e sim, pensar o que vou fazer, porque embora eu tenha apoiado Alexandre, Alexandre é Alexandre, Arnaldo é Arnaldo. Eu poderia analisar Alexandre quando ele foi meu secretário de saúde. Prefiro estar falando sobre o que pretendo fazer e não avaliar o Alexandre.

OD – Mas no programa eleitoral, o senhor fala como se quisesse separar a sua imagem do prefeito Alexandre Mocaiber. Existe algum desentendimento entre vocês?

AV - Não. Não existe nenhum desentendimento. Alexandre foi meu colega de infância, estudamos juntos no mesmo colégio, depois na política, trabalhamos juntos no Ferreira, onde eu era diretor geral e ele fazia parte da direção, como diretor clínico. Depois, quando fui prefeito o Alexandre foi secretário de Saúde. Depois que houve a eleição do Alexandre, em que eu participei dela, ganhamos a eleição e depois fui deputado federal e o Alexandre Mocaiber apoiava o Alexandre Cardoso, não me apoiou. Não houve nenhum rompimento, nenhum estremecimento em relação a isso. Mas ele fazia parte do PDT e depois, trocou de partido. Eu continuo no PDT.

OD – Eleito prefeito de Campos, quais serão suas prioridades?

AV - Temos vários setores, mas iniciaremos pelo desenvolvimento social, que engloba a saúde, a educação, cultura, esporte e lazer e geração de empregos. Quero fazer de uma forma que a Educação também promova a saúde. Por isso, diferente do exame biomédico, que era feito no início de todo ano letivo, mas era um exame muito superficial, que media a capacidade física para saber que esporte o aluno poderia praticar. O que pretendo fazer é um exame admissional de saúde, primeiro para os funcionários e depois, para os alunos. Com isso, teremos todo o diagnóstico da saúde dos estudantes desde seu ingresso na escola, e ai poderemos fazer uma prevenção de doenças, fazendo um diagnóstico dos casos e poderemos usar nossos professores para ensinar normas de higiene e de medicina preventiva, em parceria com as faculdades.

OD – E na saúde?

AV - Queremos que o Programa Saúde da Família funcione; que os postos de saúde funcionem 24 horas e o que não é posto, será ambulatório para determinadas especialidades. Queremos que o Ferreira Machado continue com sua vocação que é o atendimento a urgência, emergência e doenças infecto-contagiosas e o Hospital Geral de Guarus (HGG), daremos um tratamento diferenciado, para que além do que já faz hoje, possa atender também a urgência do lado de Guarus, para isso vamos ampliá-lo para que atenda também a urgência. O Hospital São José, já temos um projeto preparado para fazer um novo hospital, nos mesmos moldes do HGG, atendendo a tudo e mais a urgência da Baixada. O Hospital do Farol de São Thomé existe e teríamos uma parceria com a Petrobrás para ampliar o hospital, criando uma grande unidade de tratamento de queimados, para atender de uma forma geral e aqueles que sofrem queimaduras nas plataformas. Seria uma unidade macro. O hospital de Travessão daríamos um choque de gestão para que atenda em conjunto com o de Morro do Coco e o de Santo Eduardo, toda a região norte do município.
OD – Na educação, o senhor fala em seu programa eleitoral em construir mais escolas e mais creches. Hoje, um fato comum espalhado pelo município são creches e escolas que funcionam em imóveis alugados. O que o senhor pretende fazer com relação a isso?

AV - Temos projetos de construção de estruturas próprias. Se tiver aquisição, terá que ser num prédio preparado para funcionar como creche ou escola, caso contrário, construiremos. Isso, em todo o município.

OD – E a preparação do jovem para o mercado de trabalho?

AV - Colocaremos nas escolas o ensino técnico profissionalizante para que o jovem, ao sair da escola, tenha duas opções: dar segmento aos estudos indo para uma universidade ou já sair dali com um ofício, que vai de encontro com nossa política de desenvolvimento. Esses jovens poderão disputar o mercado de trabalho sobretudo nessas indústrias que vêm para Campos através de incentivos do Fundecam. Para todas, vamos criar uma cláusula no contrato do Fundecam para que elas aproveitem a mão-de-obra desses técnicos formados nas escolas do município.

OD – Existe algum projeto de desenvolvimento para o interior do município?

AV - Foi construído um porto em São João da Barra, na Praia do Açu e nós queremos uma interligação desse porto com o complexo portuário da Barra do Furado. Esse projeto já está em desenvolvimento para que ali, nós possamos atender as plataformas, ter um estaleiro para construção e reparos tanto das plataformas quanto de embarcações. Para isso, teremos que investir na infra-estrutura da Baixada, revendo a questão da pavimentação das estradas. Logicamnte com esse desenvolvimento do complexo portuário, outras demandas surgem. Nós em Campos carecemos de um aeroporto para atender esse crescimento.

OD – Mas e o Aeroporto Bartholomeu Lysandro?

AV - Ele tem algumas características e não deixaria de existir, mas para pequenas aeronaves. Já mantivemos contato com a Infraero e próximo ao heliponto do Farol de São Thomé, nós teríamos a construção de um aeroporto para receber aeronaves de grande porte. Continuaria o heliponto mais o aeroporto da praia do Farol. Mais um aeroporto, leva a perceber um crescimento importante para a Baixada e os empresários começam a ver isso enxergando também a necessidade de investir, o que acaba gerando empregos.


OD - Para o Fundecam, existe algum projeto?

AV – Queremos colocar uma cláusula para que as empresas que se beneficiarem do fundo, dêem prioridade a contratação da mão-de-obra local. No Fundecam, também teremos um braço que seria o Banco do Povo, para os pequenos negócios. Porque hoje, a filosofia do Fundecam são os grandes negócios, portanto, teríamos um setor como se fosse um banco em que pessoas com pequenos negócios, possam contar com esse recurso para investir em seus empreendimentos. Vamos criar o projeto Nova Empresa, para legalizar os comércios informais em Campos. Criar uma área específica para os ambulantes, que hoje ocupam desordenadamente o centro da cidade.

OD – E quanto ao Mercado Municipal?

AV – Numa determinada época, interpretaram errado o que a gente falava. Nós vamos reformar o mercado municipal e lógico, em determinado momento, eles vão ter que ocupar outro espaço para que se faça a obra. O prédio do mercado talvez seja um dos mais bonitos de Campos, só que está escondido. Perigoso, por causa da rede elétrica, que é muito antiga. É um risco para todos e se houver um acidente, pode causar uma grande tragédia. Outra questão seria um estacionamento no mercado, que não existe. Poderíamos aproveitar o Alberto Sampaio para isso, fazendo uma área de escape e aproveitando um espaço ocioso.

OD – Algum projeto para o centro da cidade?

AV – Projeto de apoio e reforma do centro. A revitalização do comércio da área central, acompanhando a evolução. Dentro disso tudo, vamos priorizar as compras da prefeitura no comércio e na indústria de Campos.

OD – Seria adquirir mercadorias produzidas aqui?

AV – O que for produzido aqui, será adquirido pela prefeitura. Seja para a merenda, o próprio uniforme escolar. Porque comprar uniforme das nossas crianças ou mandar confeccionar fora de Campos, se temos aqui várias confecções que podem fazer isso? Para valorizar nossos produtos, vamos realizar eventos e feiras, como já fizemos a Feira de Ponta de Estoques, incentivando o comércio local com o apoio da prefeitura.

OD – E o turismo?

AV – O turismo também mexe com o comércio, com várias vertentes. Aqui temos o turismo de praia, de serra, turismo rural. Temos fazendas antigas que podemos explorar, Lagoa de Cima, Imbé, lógico que, com todo cuidado ambiental, além de criar o turismo de negócios, com a realização de feiras.


OD – Para a Baixada, existe um projeto específico?

AV – Na Baixada, nós temos muita plantação de cana de açúcar. Esse setor precisa de um apoio fundamental. Tenho conversado lá em Brasília sobre essa questão e o governo federal vai investir pesado aqui.

OD – Quanto às usinas, algum projeto para evitar que mais delas fechem as portas?

AV- A exemplo da Coagro, precisamos ajudar outras usinas através de incentivos do Fundecam para que voltem a produzir com sua capacidade normal e não fechem, como muitas já fizeram.

OD – Falando em cana-de-açúcar, entra a questão dos canais. O que o senhor pretende fazer para recuperá-los?

AV – Já entrei em contato com o governo do estado, para que através de parceria com a prefeitura, possamos revitalizar todos os canais para promover a irrigação, principalmente na Baixada, que é o local que mais sofre com a questão.

OD – Transporte é um dos grandes problemas do município. Qual projeto destinado ao setor?

AV – Nós temos que ver o transporte coletivo e o transporte de massa. No transporte coletivo queremos a modernização da frota, cobrando dos empresários que cumpram o itinerário e que se integrem ao novo modelo de transporte que nós vamos criar.

OD – Seria o polêmico metrô de superfície?

AV – Porque polêmico? (risos) Por que tomaram um susto na realidade. O metro de surperfície existe na Europa e em algumas cidades aqui no Brasil, como em Curitiba. O metro não é transporte coletivo, é transporte de massa. Há uma diferença. Talvez as pessoas ainda não tenham entendido isso. Primeira coisa é a questão do custo para o usuário. Por exemplo, você saiu de Campos querendo ir para a Baixada. O metro de superfície vai até Goitacazes, você pagou a passagem, mas na realidade você queria chegar a Tocos e o metrô não vai lá. Você então vai pagar apenas uma passagem. Quando chegar em Goitacazes, com aquela mesma passagem, vai pegar um ônibus que vai levá-la a Tocos, com apenas uma passagem, num sistema integrado. São 15 estações com tarifa única, todas com bicicletário e pequenos comércios, além da preservação da ciclovia.

OD – O projeto já foi orçado? Qual o tempo de conclusão?

AV – Talvez a grande preocupação das pessoas seja com relação ao custo e ao tempo. Toda essa estrutura é pré-moldada, sendo de uma instalação rápida. Nós vamos fazer em tempo recorde. O metro será custo zero para a prefeitura. Não vamos desembolsar um tostão, porque vai ter uma concessão e quem ganhar vai construir o metrô de superfície. Não basta ter o trem, tem que construir toda a estrutura. Vamos apresentar o projeto, criar prazo de execução e a concessão para quem vai explorar. Isso tudo vai estar integrado a um grande sistema, que é o metrô de superfície e o transporte coletivo, dando um salto de qualidade na questão de transporte.

OD – O senhor falou que tem projetos para o setor administrativo. O que seria?

AV – Fazer um novo regimento interno e a reforma administrativa da prefeitura, criando e agrupando alguns órgãos, e extinguindo outros. Preparação do trabalhador e criação de novo estatuto do servidor. Admitir, imediatamente, os aprovados do último concurso, concluir o Plano de Cargos e Salários; e uma notícia boa é que vamos concluir o pagamento do FGTS das categorias que optaram pelo regime único em 1997.

OD – Existe algum projeto que o senhor deixou de executar na sua última gestão e que pretende fazer se eleito prefeito?

AV – Existe sim. O que eu não fiz a época foi transformar o Hospital de Goitacazes no hospital que quero fazer agora. A ordenação do trânsito e a questão da iluminação pública, melhorando e começando a fazer com que a fiação seja embutida, subterrânea, porque existem muitos acidentes, sobretudo nos bairros periféricos.

4 comentários:

  1. Claudio,

    Só mesmo a folha...
    Ahhh.. perguntas ingenuas e a mesmice e o bla-bla-bla de sempre.
    Tinham que perguntar outras coisas:
    -se ele iria pagar uma outra fortuna para a ex... sambar na marques de sapucai.( samba enredo sobre campos).?!
    Aliais nessa esse fato fez campos virar x(ch)acota nacional( via rede globo).
    -o que será feito com os 60 % terceirizados que ele e mocaiber erradamente contrataram sem concurso para garantir reeleição ?!.
    - se a quantidade de trios eletricos contratados para a farra no farol será maior ?!
    - se ele vai destruir mais praças (praça são salvador)?!
    - se a ex, vai continuar a super faturar shows no trianon ?!
    - - - -
    -E por fim perguntar... o que ele vai fazer da vida, pois com certeza não será eleito.

    P.S. é um inocente... dizendo que "ainda não temos notícias" ...sobre os processos com a justiça eleitoral.

    P.S. Valeu o esforço do jornal tendencioso pró arnaldo de tentar fazer com que a entrevista pareça imparcial !
    Eta branco no branco !!!

    %¨*#@$!

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  2. Que isso anônimo!!!
    Esta entrevista é do jornal O Diário!!!
    Leia o título do post: "JORNAL O DIÁRIO ENTREVISTA ARNALDO VIANNA."

    ...rrsrsr...

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  3. Foi o mesmo jornalista !
    Com as mesmas perguntas !

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  4. Maluf chamou Arnaldo para um passeio em São Paulo, chegando lá ele foi mostrando as obras superfaturadas que fez gabando-se de ter conseguido bastante dinheiro.

    - Arnaldo, veja só isto, fiz o Eurotúnel, custou 14 bilhões de reais; 10% no meu bolso.

    - E esta obra, reforma da Avenida Águas Espraiadas, por volta de 5 bilhões; esta rendeu 20%.

    Arnaldo então interrompe e convida Maluf para vir a Campos, chegando lá...

    - Maluf, você não sabe de nada veja só esta obra. Usina de Talentos

    - Onde? Pergunta Maluf!

    - Ali Maluf, um lugar onde valorizamos o talento de nossa região. Maluf interrompe novamente e diz:

    - Ficou maluco Arnaldo, ali não tem Usina de Talentos nenhuma.

    - Aqui olha, 100% no meu bolso.

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oi