A TV Globo não promoverá, este ano, o debate de primeiro turno entre os candidatos a prefeito no Rio de Janeiro. A emissoras de rádio e TV, a lei eleitoral impõe restrições que limitam a liberdade de imprensa: obriga, por exemplo, que chamem para os debates todos os candidatos de partidos com representação na Câmara dos Deputados, mesmo aqueles que chegam ao fim da campanha com índices inexpressivos nas pesquisas eleitorais.
Para realizar o debate com um número menor, a lei exige que haja acordo com os candidatos – dez, no caso do Rio, o que tem sido tentado desde maio. Para que aqueles com menos densidade eleitoral abrissem mão do debate, a TV Globo ofereceu cobertura muito maior do que aquela a que fariam jus inicialmente se apenas critérios jornalísticos fossem levados em conta. Esta cobertura já foi ao ar. A TV Globo agiu assim constrangida pelas restrições à liberdade de imprensa presentes na lei eleitoral. A imprensa deve cobrir o que é notícia, de forma livre e espontânea: aqueles que, ao longo do processo, ganham densidade eleitoral são mais bem cobertos, crescem nas pesquisas e asseguram um lugar nos debates. É assim a dinâmica no mundo democrático. É como deveria ser aqui também.
Dos dez candidatos, nove assinaram o acordo, que previa, inicialmente, a participação no debate dos cinco candidatos mais bem posicionados nas pesquisas (depois, para estimular a concordância de todos, a TV Globo cedeu e aumentou o número para seis). Somos gratos a esses candidatos.
Paulo Ramos, do PDT, recusou-se a assinar o acordo, apesar de ter se beneficiado do critério de cobertura proposto a todos os candidatos. A experiência comprova que debates com mais de cinco não são proveitosos: o tempo destinado à discussão de cada assunto se torna exíguo demais, e o debate acaba simplesmente não acontecendo. Como ele não assinou o acordo, a TV Globo está impedida de realizar o debate com um número razoável de participantes. Paulo Ramos teve 1% das intenções de voto nas últimas pesquisas do IBOPE e do DATAFOLHA.
A TV Globo lamenta que estas restrições na lei eleitoral a impeçam de promover um evento que tem se mostrado valioso em eleições passadas - e espera que a sociedade e seus representantes, em Brasília, reflitam sobre a questão.
Se houver segundo turno, o debate já está assegurado.
Central Globo de Comunicação
Rio de Janeiro, 30 de setembro de 2008"
Paulo Ramos se não me engano é de longa data um inimigo declarado do falecido Roberto Marinho e das Organizações Globo.
ResponderExcluirCom debate ou sem debate ...Arnaldo irá vencer!! Campos quer 12!!
ResponderExcluirSó para informar a paula, a referida nota refere-se ao debate na cidade do rio de janeiro. Informar-se antes de comentar nunca é de mais.
ResponderExcluircampos tá com a paula (segunda anõnima)
ResponderExcluiré 12 que o povo ama e quer.....