quarta-feira, 23 de julho de 2008

A SEGURANÇA PÚBLICA.

Acompanhamos os últimos acontecimentos envolvendo as operações da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro. Dentre elas podemos citar a desastrosa atuação das forças de segurança no bairro da Tijuca. Na fatídica operação, os policiais pensaram, de forma equivocada, existir, no interior de um veículo, meliantes em fuga. Entretanto, o resultado da operação foi a morte de um inocente.O caso exemplificado não será o último. Todos os dias surgem enfrentamentos entre a polícia e os criminosos. O que deve ser evitado é a retirada da vida de inocentes que são os verdadeiros financiadores da polícia mediante o pagamento de tributos.Poderíamos apresentar inúmeros motivos para serem justificadas certas condutas errôneas de militares em ação. Como exemplos, a falta de descanso, a distância da família, a má remuneração, os bicos, as armas obsoletas, dentre outros... (só para citar os mais conhecidos). Mesmo assim, a morte de um inocente não é passível de matéria probatória defensiva.A Polícia Militar tem contra si a sua própria característica que, por ser tropa de enfrentamento, é vista por uma parcela da sociedade como uma ‘máquina de matar’, diferente da Polícia Civil, que elabora os trabalhos técnicos. Não é verdade! A Polícia Militar atua dentro de um cenário tenso, perigoso e de mortes iminentes. Mesmo assim, este modus operandi não pode ter o condão de justificar óbitos em demasia de inocentes por todo o Estado. A Polícia Militar deve ser respeitada e ter o apoio da sociedade civil. Para que isso ocorra de forma natural é necessário que referida instituição, na pessoa de seus operadores, atue com mais cautela, inclusive nos momentos de risco, quando os enfrentamentos fazem as técnicas serem muitas vezes substituídas por atitudes enérgicas.Continuo apostando na Polícia Militar. Tenho pela farda azul um profundo respeito que aumentará de forma gradativa, na medida em que as ações sejam permeadas de maturidade e de técnica apurada.Mesmo assim, a vida continua sendo o bem Constitucional maior a ser preservado. Cabe ao aparelho policial moldar-se ao ponto de prestar um serviço eficiente sem comprometer a vida e a segurança de seus cidadãos livres e inocentes.
ARTIGO DE MINHA AUTORIA PUBLICADO NO JORNAL O DIÁRIO.

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