Os leitores que não conhecem os carros da marca “Hot Wheels” com certeza ainda não tiveram filhos. Os carrinhos vieram no embalo da nova geração e substituíram os saudosos desenhos do Tom e Jerry, Tio Patinhas, Patolino e tantos outros que preencheram os sonhos dos que hoje têm mais de trinta anos.Noite passada, estava em companhia de meu filho e desviei os olhos da tela do computador e assisti à propaganda dos carros do Hot Weels. Meu filho disse: “pai, olha que legal!” Quando observei, assisti a uma cena de forte estímulo à violência. O apresentador implorava para que as crianças jogassem seus carros uns contra os outros, variando nas modalidades de choques. “Acidentes de frente, de lado, com explosões e derrapagens” exclamava o apresentador.Naquele momento, cheguei a uma conclusão: como ensinar ao meu filho a construir se o grande ‘barato’, segundo a propaganda, é destruir? Meu filho já presencia os reflexos dos agressivos estímulos vindos da televisão. Tentar distraí-lo com outras atrações é muito difícil. O fascínio que as cores e os acidentes fantasiosos proporcionam é infinitamente mais eficaz do que as minhas palavras de educador.Minhas preocupações podem parecer, para alguns, verdadeiros dramas de pai jovem. Bem! O exemplo que ofereço aos leitores é apenas um dentre inúmeros estímulos à violência que, principalmente a televisão, oferece aos nossos filhos todos os dias.Mesmo estando na escola e tendo um ótimo convívio social e com a família, o meu filho já tem suas brincadeiras influenciadas pelas corridas e pelas batidas. È um menino ágil; um verdadeiro super-homem!!! Por enquanto, podem parecer interessantes para certos pais os carros jogados para o alto, para os lados, de encontro à televisão ou direcionados para nossas cabeças. Contudo, temos que montar uma vigília forte, pois depois dos programas de televisão, ainda estão por vir as amizades, as perguntas constrangedoras e a formação da personalidade, cada vez mais atrelada ao mundo exterior.
ARTIGO DE MINHA AUTORIA PUBLICADO NO JORNAL O DIÁRIO DE HOJE.
Postado por Cláudio Andrade.
Pode crer, caro Dr. Cláudio.
ResponderExcluirFaço das suas as minhas observações. Parece que são todos iguais, só mudam o nome e endereço, como se ouve no senso comum.