quinta-feira, 8 de maio de 2008

O FALSO MORALISMO.

A sociedade parece estarrecida com os últimos arroubos sexuais de Ronaldo: o Fenômeno. A mídia acompanha com profundo interesse. O próprio jogador apresentou a sua versão em rede nacional no domingo passado.
O ponto que desejo expor, nesse artigo, versa a respeito dos atores desse espetáculo. Caso os acontecimentos envolvessem prostitutas, teriam eles a mesma repercussão? A Tim rescindiria o contrato de publicidade de mais de quatro milhões de reais com o jogador? Sua namorada terminaria o lucrativo namoro por telefone?
Questiono isso, pois qual mortal nunca teve o desejo de conhecer de perto as coisas mundanas? Qual ser humano normal nunca se interessou em saber como seria uma ‘pulada de cerca’ com três mulheres? Rico, famoso, e com um patrimônio de mais de duzentos e quarenta milhões de dólares.Qualquer um pode ver-se tentado a exageros sexuais.
O grande problema é que, segundo a mídia, os exageros foram realizados com travestis. Em país predominantemente heterossexual e católico, tal ato é inaceitável, repugnante e sem explicações. Até a possibilidade de Ronaldo estar drogado foi posta de lado. Primeiro a sexualidade; depois, o possível consumo de entorpecentes.
Não quero fazer defesa à prática sexual com travestis. Acho que a sexualidade e os desejos a ela correlacionados são privados e só interessam a quem de direito. Mesmo assim, vejo com muita indignação todo o alarde acerca da ‘pulada de cerca’ do Fenômeno.
Dois dos três travestis já desmentiram a história (ou estória) em depoimento de mais de três horas. Pagos ou não, o fato é que os mesmos já contribuem para a mudança do cenário do Motel London. Só falta descobrirem a terceira pessoa; aquela que irá assumir que existem pessoas no mundo que mantêm relações sexuais e algumas delas, com travestis. Mesmo assim, nem por isso, acordam sem caráter, mais ou menos probos, bons ou maus profissionais.
Postado por Cláudio Andrade.

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