quinta-feira, 13 de março de 2008

FORÇA MUNÍCIPES

O dia 11 de março de dois mil e oito foi muito triste para a sociedade campista. Não tecerei comentários acerca dos detidos pela operação ‘Telhado de Vidro’ da Polícia Federal, pois todos possuem o direito de tentar provar em juízo a sua inocência.
Minha preocupação é com os trabalhadores que, vinculados à Prefeitura, não sabem precisar quais serão seus destinos. Os inúmeros contratados alojados nas Fundações desejam do Prefeito em exercício uma palavra de alento.
O fato de os munícipes estarem dentro de mais um ‘furacão administrativo’ não confere aos mesmos (que trabalham na Prefeitura) a condição de partícipes. São milhares de chefes de família que necessitam da suas remunerações para manterem suas obrigações em dia, preservando assim, o Princípio Constitucional da Dignidade da Pessoa Humana.
Alguns cidadãos, principalmente os profissionais liberais que não trabalham na Prefeitura, estão comemorando o feito. Sem fazer juízo de valor dos que se encontram em ‘festa’, há necessidade de cautela.
A quantidade de pessoas vinculadas e dependentes dos cofres municipais é também reflexo de uma cidade que não abre alternativas de emprego. O resultado é uma concentração de renda surreal.
Quanto a esse fato, o ente Federativo, por si só, não é o culpado. Se existem cooptações por parte de alguns agentes públicos com fins eleitoreiros, isso se deve também à total falta de alternativa de muitos munícipes no quesito opções laborativas.
O afastamento do Prefeito pode ser ou não longevo. Independente disso, a saúde financeira do município deve ser preservada para que as remunerações de seus agentes públicos sejam mantidas.
Enquanto cidadãos, devemos aguardar os primeiros atos do Prefeito em exercício e também a evolução das ações realizadas pela Polícia Federal. Partindo dessa premissa, devemos acalmar os ânimos e cumprir a nossa tarefa de preservar a cidade de mais uma mancha em sua história.
Postado por Cláudio Andrade/00 hora e 24 minutos.

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